Com mais de 13 anos de experiência no mercado profissional de fotografia, Fábio Pina pode se considerar parte da última geração que aprendeu a técnica da fotografia no laboratório químico. Naquela época, a fotografia tradicional já estava com os dias contados. O que viria nos anos seguintes, provocou uma revolução não só entre os profissionais, mas também entre o público amador. É para esses iniciantes perdidos que o fotógrafo ministra, de 22 a 28 de fevereiro, o Curso de Fotografia Digital Básico. O mercado investe pesado em tecnologia e recursos que a maioria dos mortais nunca saberá nem que eles existem. “Já vemos recursos impensáveis há pouco tempo atrás, como foto panorâmica, 3D, transmissão wireless, efeito tilt shift e resoluções cada vez maiores nos celulares. As fabricantes colocam diversas opções de câmera à disposição, mas cada uma com um recurso diferente”, diz o fotógrafo, que também vê desvantagens em tanta tecnologia. “Além de muitos recursos serem supérfluos, você teria que ter 3, 4 ou 5 câmeras para obter todos os efeitos interessantes. Além disso, o amador não sabe usar os recursos completamente”, afirma. O fato é que para dominar o potencial da máquina não há como fugir aos conceitos básicos da técnica fotográfica, o que vem aumentando o
interesse dos amadores pelo assunto. “Aumentou exatamente pelo desconhecimento de recursos básicos. As pessoas querem uma foto igual as das campanhas publicitárias ou das revistas de viagem e turismo no primeiro “clic”. Mas esse resultado só é possível quando se sabe fazer
as regulagens mais simples”, explica.
A campanha midiática pela imagem perfeita tomou grande proporção com a popularização dos recursos de tratamento de imagem, que agora estão acessíveis a todos. Mas será que há limites para o uso de tanta maquiagem digital? Para o fotógrafo, o limite é o bom senso e a ética.
“Há cerca de um ano uma revista de circulação nacional estampou na capa a foto da atriz Suzana Vieira com tanto tratamento digital que ela ficou irreconhecível e com uns 25 anos a menos. Durante muito tempo se discutiu se isso era ético nos fóruns de debate de sites
especializados. Ha até um projeto de lei do deputado Wladimir Costa que quer que toda foto publicada em revistas e jornais tenha um aviso de que a mesma foi manipulada digitalmente para que o leitor não se sinta enganado”.
O fotógrafo lamenta que a fotografia tradicional esteja quase desaparecendo com a chegada avassaladora da técnica digital. “Esse romantismo está cada vez mais restrito àqueles que buscam uma foto feita com simplicidade ou mais pura, sem interferências digitais ou
mega produções, em exposições de arte ou em alguns blogs ainda se pode achar resquícios dessa paixão. Aqueles que passaram ou descobriram a beleza da foto revelada entre químicos e papéis especiais ainda mantém esse romantismo, mas a cada dia isso está mais raro”, assegura.
O salar de Uyuni, na Bolívia, segue algumas características do seu vizinho Atacama. Porém sua altitude, acima de 3,500 mt, e algumas características geológica, como a vasta planície salgada, faz desse lugar um desafio para o homem, em muitos momentos o deserto parece não querer a presença humana; suas adversidades, como a aridez, a planície salgada, a altitude, o frio e as distâncias entre as pobres comunidades, transformam esse local em um dos mais inósptos da América Latina, quiça do mundo, atravessar faz com que cada um vença desafios maiores do que se podia esperar.
